Conjurados

Os Conjurados formam a equipe da Conjuração Trash. Aqui, as funções não são fixas, mudam conforme o projeto e a necessidade. Fazer cinema, para nós, é um exercício coletivo, construído na troca, na confiança e no trabalho compartilhado.


Saulo Popov Zambiasi

Saulo Popov Zambiasi

Membro fundador da Conjuração Trash, atua na linha de frente do cinema de guerrilha de Santa Catarina desde 1996. Doutor em Engenharia de Automação e Sistemas e Mestre em Computação (UFSC), Saulo transpõe o rigor lógico e tecnológico para a produção audiovisual independente, desenvolvendo um olhar apurado para a estética trash e o cinema de bordas. Com vasta experiência na direção, montagem e roteiro, acredita no método escoteiro do 'aprender fazendo' — filosofia que aplica tanto nos sets de filmagem quanto em sua trajetória como professor universitário e orientador. Educador desde 1991, Saulo dedica-se a desmistificar o fazer cinematográfico, atuando no elo entre a precisão técnica da engenharia e o caos criativo das artes transversais. É, acima de tudo, um entusiasta da democratização do cinema e um preservador da memória do audiovisual alternativo.


Patricia Leandra Barrufi Pinheiro

Patricia Leandra Barrufi Pinheiro

Doutora em Teatro pelo PPGT/UDESC, Patrícia integra a Conjuração Trash desde 2004, atuando como força criativa na atuação, direção, treinamento de atores e roteirização. Sua trajetória é marcada pela interseção entre a investigação acadêmica e a prática cênica, tendo sido pesquisadora ativa em núcleos como o ÁQIS (Processos de Criação Artística) e o Subverse Project (Ciberarte). Patrícia traz para o cinema independente uma sensibilidade teatral única, explorando a relação entre o corpo, o espaço e a imagem. Com um olhar apurado para a teatralidade e o uso do espaço urbano, ela transpõe conceitos das artes cênicas para o cinema de guerrilha, criando pontes entre o palco e a tela. Suas referências transitam pelo rigor visual de Stanley Kubrick e Wong Kar-Wai, pela visceralidade de George Romero e Pedro Almodóvar, e pela estética excêntrica de Wes Anderson, Takeshi Kitano, Krzysztof Kieślowski e John Hughes.


Cristiano Popov Zambiasi

Cristiano Popov Zambiasi

Cofundador da Conjuração Trash e um dos pilares da produção independente no Oeste Catarinense desde 1996. Advogado com pós-graduação em Direito Processual Civil, Cristiano transpõe sua expertise em gestão, coordenação jurídica e estratégia para a complexa logística do cinema de guerrilha. Atuando como roteirista, diretor e operador de câmera — tendo sido o responsável pelas primeiras capturas em VHS do grupo —, ele foi um dos arquitetos da estrutura criativa que manteve o coletivo ativo e independente. Sua trajetória une a precisão do Direito à liberdade experimental. Entusiasta do cinema autodidata, Cristiano acredita que a escassez de recursos é o terreno fértil para a criatividade, defendendo que a técnica hollywoodiana pode ser subvertida por soluções independentes, autorais e ricas em inventividade. Essa visão de que o cinema é uma poderosa ferramenta de transformação e aprendizado prático foi o que o motivou a manter o Festival Anual de Cinema do Grupo Escoteiro Ximbangue, fomentando o gosto pela 7ª Arte nas novas gerações. Com passagens pelo Conselho Municipal de Cultura de Chapecó e diretorias estaduais escoteiras, ele atua no elo entre a gestão cultural e a paixão pelo set de filmagem. Para Cristiano, o cinema de bordas é o lugar onde o amor ao audiovisual supera qualquer limitação financeira, provando que o cinema não precisa ser caro para ser impactante.


Lara Popov Zambiasi Bazzi Oberderfer

Lara Popov Zambiasi Bazzi Oberderfer

Doutora em Engenharia de Automação e Sistemas (UFSC) e Bacharel em Ciência da Computação, Lara une o rigor tecnológico à expressão artística de forma interdisciplinar. Sua história na Conjuração Trash confunde-se com sua própria trajetória de vida: presente desde os primórdios do grupo em 1996, ela evoluiu de colaboradora entusiasta a membro fundamental, ingressando oficialmente aos 19 anos. No set, sua atuação é multifacetada, assumindo papéis de destaque tanto na interpretação quanto na criação de maquiagens, caracterizações e efeitos. Com uma base nas artes cênicas e musicais — tendo participado de montagens teatrais e atuado como coralista no Coral Universitário UnoChapecó —, Lara traz para o cinema de bordas uma sensibilidade que conecta a tecnologia à performance humana. Professora no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), ela aplica sua visão sistêmica na investigação da interseção entre a informática e outras áreas do conhecimento. Com raízes profundas no movimento escoteiro e experiência como titular no Conselho Municipal de Cultura de Chapecó, Lara personifica o espírito do "aprender fazendo", unindo a precisão da engenharia ao dinamismo das artes transversais para manter viva a chama da experimentação e da resistência cultural no audiovisual.


Saulo Bazzi Oberderfer

Saulo Bazzi Oberderfer

Membro da Conjuração Trash desde 2005, Saulo Bazzi Oberderfer integra o grupo como um importante colaborador nas áreas de tecnologia e suporte digital. Bacharel em Ciência da Computação pela Unochapecó, com especialização em Planejamento Estratégico em TI, Saulo foi o responsável por viabilizar a presença online da produtora em fases cruciais da sua história, utilizando sua expertise empresarial para estruturar os primeiros passos digitais do coletivo. Natural de Porto Alegre (RS) e radicado em Chapecó desde a juventude, sua participação na Conjuração transita entre o apoio técnico e a atuação cênica, tendo colaborado na equipe de criação e integrado o elenco de diversas produções ao longo dos anos. Com uma carreira consolidada na gestão de tecnologia, ele mantém seu vínculo com o grupo como um entusiasta da inovação e da vanguarda criativa. Saulo representa o espírito de parceria da Conjuração: um profissional que, mesmo focado em sua trajetória no setor de TI, encontra no cinema de bordas um espaço para contribuir com soluções estratégicas e exercitar a criatividade, ajudando a manter viva a infraestrutura e a memória digital dos Conjurados.


Hilário Junior dos Santos

Hilário Junior dos Santos

Membro da Conjuração Trash desde 2006, Hilário Junior dos Santos traz para o coletivo uma sólida bagagem acadêmica e profissional voltada às Artes Visuais e ao Cinema. Bacharel em Ciência da Computação, consolidou sua trajetória com especializações em Artes Visuais, Cinema (UTP) e um Mestrado em Comunicação Social (PUCRS). Com uma carreira dedicada à docência na área de Ciências Sociais Aplicadas, Hilário atua na formação de novos talentos nos cursos de Comunicação Social, Design e Audiovisual, tendo coordenado áreas estratégicas como Publicidade e Jogos Digitais na Unochapecó. No contexto da Conjuração, sua colaboração transita entre a atuação e o suporte teórico, contribuindo com seu olhar crítico sobre roteiro e direção de arte. Suas referências visuais e narrativas — que passam pelo rigor de David Fincher e Christopher Nolan e pela inventividade de Michel Gondry e Spike Jonze — refletem seu interesse pela inovação estética. Hilário representa mais um braço acadêmico do grupo, unindo a prática do cinema de bordas à profundidade do estudo das mídias contemporâneas.


Marcos Santiago Fritsch

Marcos Santiago Fritsch

Membro da Conjuração Trash desde 2002, Marcos Santiago Fritsch ocupa um lugar histórico no coletivo: foi dele a iniciativa de sugerir o nome "Conjuração", rebatizando o grupo e consolidando sua identidade definitiva. Advogado formado pelo UniCEUB, com pós-graduação em Direito Ambiental, Marcos representa a força criativa e administrativa da produtora na capital federal, Brasília. Sua contribuição técnica transita entre o roteiro, a atuação e, especialmente, a fotografia, onde exercita seu olhar sobre a estética do cinema independente. Defensor ferrenho da democratização cultural, ele encara a produção cinematográfica amadora não apenas como um hobby, mas como uma expressão artística legítima, necessária e acessível a todas as classes sociais. Atuando como o elo da Conjuração Trash no Distrito Federal, Marcos une o rigor do Direito Administrativo e Civil à liberdade do cinema de guerrilha, reafirmando que a distância geográfica não rompe a unidade de um grupo fundado na amizade e na resistência audiovisual.


Fernando Strzelecki

Fernando Strzelecki

Veterano da Conjuração Trash desde 1998, Fernando Strzelecki ingressou no grupo para consolidar a transição da fase "Extreme" para a identidade que conhecemos hoje. Nascido em Passo Fundo (RS), Fernando é o polímata do coletivo: atua como designer gráfico, estrategista de TI (o famoso "bombril de computador") e, fundamentalmente, como a alma musical das produções. É no teclado e na pós-produção de som que Fernando "arranha" as atmosferas que definem os filmes da Conjuração. Seu processo criativo é um verdadeiro "X-Bagunça" de referências, fundindo o gótico de Lycia e Switchblade Symphony com as batidas de Fatboy Slim e o rock de Marilyn Manson. Essa pluralidade sonora é o que confere às obras do grupo uma profundidade que desafia as limitações do baixo orçamento. Dono de um humor ácido e de uma cinefilia obsessiva — que ele organiza rigorosamente em ordem numérica, de Oitavo Passageiro a Os Doze Macacos —, Fernando acredita que a demência criativa é a cura para o tédio audiovisual. Designer por profissão e Conjurado por missão, ele permanece como o guardião da estética e do som underground que mantém o grupo vivo e pulsante há mais de duas décadas.